Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve por unanimidade decisão que isenta do Imposto de Renda os valores recebidos a título de pensão alimentícia. A decisão encerra assim uma disputa de cerca de sete anos entre a União e os aposentados.
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O STF já decidiu pela isenção de pensão alimentícia do IR em junho. No entanto, no dia 30, todos os 11 juízes do STF negaram provimento ao recurso em que a União afirmou haver ambiguidades e buscaram mitigar a decisão do STF.
Quanto o Governo deixa de arrecadar?
Com a rejeição total deste último embargo para esclarecimento, o governo deve deixar de arrecadar R$ 1,05 bilhão por ano, segundo estimativa da Receita Federal anexa ao processo pela Advocacia Geral da União (AGU).
No entanto, o impacto fiscal pode ser muito maior porque, além de não pagar o IR via carnê-leão a partir de agora, quem recebe pensão alimentícia terá direito à restituição do imposto de renda pago sobre as pensões recebidas nos últimos cinco anos. .
Segundo estimativas oficiais, com esse ressarcimento, o impacto nos cofres públicos poderá chegar a R$ 6,5 bilhões nos próximos cinco anos.
Com a decisão do STF, quem paga pensão alimentícia não terá que pagar carnê-leão mensalmente. Essa renda não será mais considerada tributável em sua declaração de imposto.
STF Daqui em diante
Uma consequência direta dessa decisão do STF é que a pensão alimentícia é isenta de imposto de renda para quem a recebe e ainda dedutível para quem a paga. Ou seja, o titular da pensão alimentícia não perde o direito de deduzir os valores pagos a título de pensão alimentícia em sua declaração de imposto de renda.
Quem é apoiado não precisa mais recolher o imposto mensalmente por meio do carnê-leão, e o titular da declaração em que a pensão é concedida não terá mais seu IR devidamente aumentado no momento do reajuste anual.
Além disso, os valores não serão mais declarados como rendimentos recebidos de pessoas físicas/no exterior, mas como rendimentos isentos e não tributáveis - a Receita Federal provavelmente criará uma nova linha para informações de alimentos nesta declaração.
Como reaver o IR pago nos últimos 5 anos
A Receita Federal ainda não se pronunciou sobre o procedimento de restituição do imposto de renda pago sobre pensão alimentícia nos últimos cinco anos. Até porque seus sistemas ainda não estão prontos para tratar esses benefícios como rendimentos isentos e não tributáveis.
Caso a Receita Federal ainda não responda até o final do ano, a orientação de advogados experientes é que o contribuinte que recebeu pensão alimentícia há cinco anos ou mais deve ratificar uma declaração de IR de 2018 para garantir o direito à restituição naquele ano, mesmo que caia em malha fina devido a algum problema técnico.
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