A fabricante global de chips, Intel, anunciou planos para uma nova onda de demissões e cortes de custos após uma forte queda na receita. A empresa também instituiu outras medidas a fim de reduzir os gastos, como cortes temporários em salários e bônus, além de fazer a redução do dividendo de seus acionistas.
Informações específicas a respeito dos cortes, como o número de funcionários afetados ou em quais áreas as demissões irão ocorrer, não foram divulgadas pela companhia. Porém, os especialistas em tecnologia relataram que as reduções podem chegar a 20% dos grupos de negócios atingidos. No início de 2023, a empresa já tinha feito a demissão de mais de 500 funcionários.
As demissões acontecem em um momento em que a Intel busca bilhões de dólares em subsídios federais a fim de apoiar a construção de novas fábricas avançadas no Arizona e em Ohio. A nova rodada de demissões pode criar uma situação politicamente delicada para a empresa, uma vez que ela está buscando financiamento do governo.
Desafios para a Intel
A Intel vem enfrentando uma redução na demanda de seus microprocessadores utilizados em PCs e Data Centers, o que ocasionou uma queda percentual de 38% nas vendas da empresa no último semestre. A empresa enfrenta uma concorrência crescente de rivais como a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing), AMD e Nvidia, que estão cada vez ganhando mais participação no mercado.
Para os analistas, a indústria de chips pode estar chegando ao “fundo do poço” de sua recessão, o que traz uma perspectiva de recuperação. Porém, a Intel espera cortar até US$ 10 bilhões até o final do ano de 2025.
Buscando a sobrevivência financeira, recentemente a empresa abandonou diversos negócios, como switches de rede, modem 5G, memória Optane, chips para mineração de Bitcoin, drones e unidades de armazenamento SSD.
Veja mais no Benefício Já: